Terça-feira, 01.05.12

Não... não sou eu essa tal pessoa negativa!

 

Fui ao ginásio e quando cheguei já não havia vaga na aula de spinning e fui fazer máquinas. Fiz 2km de remo e 30m de elíptica. O suficiente para gastar 600 calorias (assim disseram as máquinas). Enquanto estava na elíptica fui falando com uma moça que voltou em Abril ao Ginásio, depois de 6 ou 7 meses off. Ela está a fazer treino com um dos professores para conseguir fazer uma prova física, para entrar em XPTO... desculpem lá não dizer onde ela quer entrar. E o que vejo eu??? 

 

Não é a capacidade física que vai influenciar a entrada dela... é a atitude negativa dela que vai condicionar o resultado do treino! Olho para ela com uma certa pena, pois a sua visão negativa sobre as pessoas que frequentam o ginásio, os professores e o próprio ginásio vão impedir que beneficie de um treino melhor. Temos um professor que já pesou 40 kg mais do que hoje... temos um professor que dá spinning e dá stretching (isto é uma combinação quase inusitada, acreditem). Temos outro professor que a pode ajudar imenso porque também está a tirar um curso de nutrição.

 

Mas ela só vê que um está sempre na palhaçada, que outro é um pouco rigido e outro, o outro não sei porque ela não gosta dele. Eu tenho aprendido tanta coisa com estas pessoas. Tenho sido acarinhada, incentivada e louvada até pelo meu esforço e pelos resultados. Custa-me que ela pense que eu já fui magra, que ela pense que eu perco peso com facilidade, que não tenho problemas. Se ela soubesse... Desmistifiquei o da magreza, falei-lhe como o ano passado engordei uns 7 kg quando o meu Joãozinho foi internado uma semana e disse-lhe que todos nós somos mais do que aquilo que aparentamos... que dentro de todos nós existem mágoas, dores e também desespero. Pedi-lhe para que ela desse uma oportunidade ás pessoas que a rodeiam, que não as julgasse tão rapidamente.

 

Não acredito que existem pessoas mais fortes que outras, como ela acredita, não acredito nisso! O que acredito é que algumas pessoas estão prontas para mudar e outras não. Ainda não sentiram o "click". E espero que o dela venha rapidamente. Que aceite ela é a responsável sobre as suas acções, as suas escolhas. E acredite que tudo é possível. Ela pode concretizar os seus sonhos, mas tem de trabalhar, continuar a trabalhar, o corpo, a mente e amar-se mais.

 

Tenho algumas "quotes" que são a minha ancora em alturas mais dificeis, algumas estão na minha carteira, outras na porta do frigorifico e outras nos meus caderninhos de "alimentação e treino". Uma delas, que me dá força e me encoraja a continuar é:

 

"You will remain the same, until the pain of remaining the same is greater than the pain of change"

 

beijinhos e bom feriado,

Sofia

 

publicado por 80nuncamais às 15:27 | link do post | comentar | favorito

Bom Dia,

 

Hoje o meu ginásio vai estar aberto de manhã e vou fazer 2 aulas: spinning e depois stretching. Adoro! Apesar de ser dia do trabalhador não vou ficar a gozar o dia de descanso (lol... já falo sobre isso... ehehe dia de descanso). Como estava a dizer não vou ficar a descansar este dia em casa. Vou ao ginásio, vou viver o meu momento de grande descontracção e simultaneamente de prazer. 

 

Um update, se calhar, sobre mim:

 

 

Compreendi, finalmente, que sou uma mulher como todas as outras e sofro do mesmo que todas as mulheres: sou vitima das minhas hormonas! É verdade: dias antes de entrar na RED ZONE entro em descontrolo "total". Todos os meses andava a seguir este padrão: 2 semana e meia lindas e depois o descalabro... pão, pão e mais pão e gomas. O peso subia sempre e depois numa semana e meia conseguia voltar a baixar. No mês de Abril cheguei a pesar 63 kg e depois de entrar em estratégia "ou vai ou rebenta" voltei aos 59 kg. Esse período de recuperação foram 10 dias e surpreendeu-me. Este mês a entrar e eu já a sentir que me estava a descontrolar. Mas um descontrolo leve. Coisas que eu como todos os dias, um pouco aqui e um pouco acolá. Não são crises de compulsão. Uma compulsão leva-me a consumir 3 , 4, 5 mil calorias em poucas horas e este meu descontrolo, que dura semana a semana e meia, passa por mudar o pequeno almoço habitual (kiwi, 2 tostas integrais, 1 triangulo de queijo light vaca que ri, 1 café) por um pequeno almoço nada saudável (pão com manteiga, ou com fatias de torresmos, ou queijos hipercalóricos e iogurte grego com morangos) o que me leva dos pequenos almoços com menos de 200 calorias para pequenos almoços de 500 a 600 calorias. 

 

E isso vai somando... e depois vou comendo umas gomas ao longo do dia... Outra boa notícia, porque eu acho que ter este descontrolo de Red Zone me torna mais feminina... desculpem... muitos anos a ver-me exclusivamente como mãe, doméstica e pouco atractiva tiveram este efeito em mim: se é de mulher, se é inerente a ser este ser de sexo feminino então é feminino e é lindo! Abraço este descontrolo hormonal de coração. Andei anos a dizer que não percebia isto do período e a comida, e o humor e percebo que era porque o meu descontrolo emocional já estava instalado, o descontrolo alimental tão grave e sem pensar... porque parece-me, hoje, que a gordura, estava em sua grande parte alojada no cérebro, que me impedia de pensar... de sentir e e raciocinar. Agora estou mais atenta a mim mesma. Eu sinto a pessoa cá dentro. O meu corpo manifesta-se e eu percebo-o. Finalmente...

 

Deixei de deitar comida para o lixo... os pacotes que eu abria e comia, se não terminava, se sobrava gomas, ou bolachas deitava para o lixo, hoje ficam na despensa. Não deito fora restos... sinto-me capaz de dizer ao meu marido que comi o que comi! E como já não estou a esconder o meu problema ele não me afecta como antes. psicologicamente estou a sentir-me mais livre, mais leve. Estou a aceitar-me cada dia mais. Aceito a compulsão alimentar como uma coisa que está presente na minha vida, e parece que ao aceitar que sofro deste distúrbio alimentar me sinto mais tranquilizada e mais segura de mim. Mais forte até.

 

Não é por acaso que na reabilitação de dependências o primeiro passo é aceitar que se tem uma dependência. 

 

O que me mudou? O que me fez pensar deste modo? Recentemente, encontrei 2 pessoas, no meu ginásio, que sofrem do mesmo distúrbio alimentar e passei horas a falar e ouvir da boca de outra pessoa as mesmas palavras, os mesmos sentimentos, a mesma relação com a comida... 

 

Já partilhei muito aqui no blog, já me revi nos vossos testemunhos, sinto uma grande empatia com pessoas que sofrem do mesmo que eu e também têm o seu blog, mas cara a cara, em voz alta, olhos nos olhos... foi a primeira vez e senti um alivio enorme, um peso que saiu dentro de mim. Eu não sou a única, há mais como eu... é incrível...

 

Andei um pouco desaparecida e durante alguns dias não tinha nada para dizer... porque estava a ter este descontrolo hormonal... e depois não tenho coragem de vos vir dizer que estou descontrolada... só consigo quando estou preparada para mudar, quando parei, quando atingi o "meu peso" e verifico, depois de começar a escrever que tenho montes coisas que quero escrever!

 

Mas este post vai longo... as crianças têm fome... e tenho de ir fazer aula ás 10h e 30m!

 

Beijinhos,

Sofia

publicado por 80nuncamais às 09:04 | link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito
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