Terça-feira, 17.01.12

Candy store... são capazes de ter razão. Mas o que vocês não viram foram os quilos de arroz, os pacotes de massas, as latas de conservas de atum em água, de cogumelos, salsichas, azeitonas, feijão, grão, 6 pacotes de cereais, litros e litros de leite, meio gordo, magro e de soja, condimentos, pacotes de farinha...

 

E no congelador... comida que dá quase para 15 dias (afinal de contas somos 5 em casa... se fossemos só 2 durava mais de um mês). No frigorifico estão bem mais de 40 iogurtes... e umas 16 gelatinas. A fruta cá em casa presentemente é laranjas (mais ou menos 4 kg), tangerinas, bananas, romãs, abacaxi e papaia, maças golden, strark e pequeninas ensacadas. Legumes e vegetais não falta nada, batata, cenoura, abóbora, curgete, cebolas, repolho, agriões e espinafres... pimentos, tanto verdes como vermelhos.

 

Á minha volta só se consegue ver comida... não posso apontar só o facto de ter uma família numerosa, em parte deve-se ao facto de desde miúda ouvir a minha mãe falar em falta de dinheiro e como o que tinha não sabia se dava para ir á praça naquele dia... As recordações de infância, especialmente traumáticas acompanham-nos sempre e condicionam as opções que fazemos, consciente ou inconscientemente.

 

Até hoje não consigo mentir... posso desviar... arranjar forma de contornar a questão, mas não minto. E aos meus filhos? NUNCA! Por 2 razões: pela tareia que a minha mãe me deu quando tinha 9 anos, com um chinelo de quarto vermelho e por ver, enquanto criança, o meu pai mentir constantemente. Não suporto que os meus filhos sintam a dor que sentimos, que eu senti, tantas vezes, na garganta, o baque no coração, quando as esperanças que eu tinha, que as promessas que me tinham feito, não se iam realizar. Ouvir da boca do meu pai jurar que pela vida dos filhos nunca mais bebia... para menos de 6 ou 7 horas o ver totalmente alcoolizado fazia-me temer pela minha vida. Quando somos crianças tudo o que nos dizem é real. Os adultos sabem tudo... e eu pensava que se o meu pai bebesse eu podia morrer, ou quando dizia "pela felicidade dos meus filhos" que seria infeliz toda a vida.

 

Por isso não posso mentir. Cada vez que a minha mãe diz aos miúdos "até amanhã" eu corrijo sempre. "Até breve, amanhã a avó vai sair com os amigos." ou algo parecido.

 

 

Quando escrevo isto apercebo-me que tenho mesmo muitos traumas... e até já pensei em consultar um analista... mas se eu tenho  consciência desses traumas, se os consigo racionalizar, o que poderia um analista fazer por mim????

 

Um abraço, e por favor não fiquem a pensar que estou infeliz neste momento. Estas recordações não me levam para lugares escuros, já convivo com elas há muitos anos e felizmente ter a família que tenho, que me adora (depois de lerem isto acho que conseguem perceber o quanto isso é importante para mim) faz-me imensamente grata pela vida que vivo.

 

Sofia

publicado por 80nuncamais às 11:08 | link do post | comentar | ver comentários (5) | favorito

Não precisei pensar muito...

 

aqui em casa, em cada canto, encontram-se mil tentações...

 

No corredor, em cima do guarda-fatos encontram-se trufas...

A despensa tem uma parteleira só com coisinhas boas - gomas, bolachas, chocolates, torrão, batatas fritas, sugos, chupas

No quarto, chocolates das arcádia e raffaello

Na cozinha, doce de abóbora, oferecido por uma amiga

Saído do frigorifico, um queijo de cabra

No ginásio das crianças, amendoins

 

Simmmm, tudo á mão de semear. Mas não quero. Hoje resisti...

 

 

 

E agora... as fotos estão deitadas!

 

 

   E mentalmente... Pão alentejano com carradas de manteiga Milhafre dos Açores

publicado por 80nuncamais às 01:47 | link do post | comentar | ver comentários (5) | favorito

Segunda feira, 17 de janeiro! Começou o desafio da Big Curves!

 

Escrito a azul estão as instruções deste dia... ehehe... quem estava na reserva apronte-se: estão alistados!

 

O 1º dia do desafio é simples - Olha lá... se isto é simples... até tremo com o que têns pensado para nós!

Em jejum tomar 1 copo de água morna com limão. - Até aqui tudo bem. É um hábito de alguns meses, a águinha saída da torneira morninha, mas não tenho por hábito usar o limão, prefiro vinagre balsâmico. Indicação do Bob do Biggest Looser! Mas FIZ

Ferver 1 pau de canela em 1,5L água e beber durante o dia. Não consegui... bebi um litro. Eu odeio beber água!

Não comer doces, fritos e aquelas comidas que todas sabemos que só fazem mal - Consegui  controlar-me. a minha alimentação foi exemplar

Tirar fotografias às tentações (incluindo as mentais) - fotos, tantas fotos... a doces, chocolates... e mentalmente foi pão alentejano com carradas de manteiga Milhafre dos Açores...

Escrever, desenhar, o que for no nosso bloco. Escrevi. Referenciei o desafio, as tarefas... e a comidinha e o exercício físico

Quem não for ao ginásio ou não fizer uma caminhada de 45min, tem de dar 100 pulinhos. Estes 100 pulos podem ser dados em duas vezes de 50. Fiz aula das 13H ás 14H com o Renato. Foi super puxado. Tipo Boot camp. Correr, tocar mãos no chão e saltar, correr mudando de direcção. Muito abdominal... Foi simplesmente fantástico! E toda a malta adorou e agradeceu ao Renato.

 

Agora as fotos...

Fica para o próximo post. Já são 1:00 da manhã e segundo as contas do sapo fotos mais demorar mais 48 minutos para fazer o upload... Vou deixar a correr...

 

Amanhã deixo cá as fotos.

 

Xuac, xuac,

Sofia

 

 

publicado por 80nuncamais às 00:45 | link do post | comentar | favorito

Durante muito tempo cuidei muito mal de mim, psicologicamente e de mim, do meu corpo. Comia desenfreadamente, sem noção do que fazia e colhia o que plantava. Se comia só gorduras e açucares, hidratos de carbono o que poderia esperar senão um corpo que o refletissse?

Não existem milagres que modifiquem essa situação, não é com dietas restritivas, com plataformas vibratórias (que o Dr. Oz disse no seu programa serem completamente falsas para a perda de gordura) ou comprimidos. Para além das cirurgias de redução de estomago, seja de que tipo forem e a lipo-aspiração só existe um remédio que é infalível: Gastar mais calorias do que aquelas que consumimos.

 

Isso faz-se... com uma re-educação  e exercicio fisico. custa... custa muito... especialmente para quem como eu sofre de compulsão alimentar há mais de 20 anos e que deixou que o desgosto de ter uma filha diferente soltasse o dark passenger e o deixar viver em orgia alimentar desenfreada. Cheguei a um ponto em que nem matava com fome o aumento de peso que ele me fazia. E eu fiz isso anos a fio...

 

Quando resolvi mudar a minha vida não pensei em beneficios para a minha saúde (não tive um daqueles momentos "Miss Universo": "Eu quero a Paz mundial e o fim da fome") eu só quis fazê-lo para vestir roupa bonita, para ficar com um corpo melhor, mais gira, para que me dessem mais valor. Cheguei a um ponto em que já sentia que viam através de mim... houve alturas em que no meio de eu estar a falar, a outra pessoa olhar para o lado, para outra pessoa e começar outra conversa. E quando pensei em perder peso também pensei que havia pessoas que eu queria que vissem o que estava a fazer... chapadas sem mão...

 

Se agora estão a pensar "grande vaca" têm toda a razão. E quando fazemos algo que não é pelos motivos certos... caímos... falhamos, retrocedemos. Em setembro de 2010 eu só queria chegar ao natal com 65 kg... queria chegar á festa de natal e deixar toda a família impressionada. E consegui! Parabêns, elogios... ui!

 

Passados nem 6 meses pesava 73 kg!

 

E foi só aí que eu vi que a negatividade, o egoísmo e a soberba tinham sido os grandes inimigos da minha felicidade.

 

Gostar de nós próprias e aceitarmo-nos como somos é fulcral. E por saber tão bem o que sou, por me conhecer tão bem e aceitar-me como sou é que vos posso dizer que eu quero perder peso porque quero ser gira! Quero vestir bikini no verão, quero usar as minhas skinny jeans sem medo de sair o pneu. É vaidade... é. E aceito-o!

 

E quero uma coisa que nunca consegui: sentar-me e cruzar a perna sobre o joelho de forma perfeita. Estou farta de me sentar direita, de joelhos fechados e pés traçados. Apercebi-me muito cedo que as minhas coxas eram demasiado grossas para o fazer quando tinha 15 anos. Estava na casa de uma amiga da minha irmã e ambas me corrigiram a postura e demonstraram como se senta de forma feminina (por oposição á forma de gaijo que eu usava). Quando o tentei fazer (e não consegui) ouvi o que se tornaria constante na minha vida "se perdesses uns quilinhos já conseguias".

 

Ao longo dos anos fui ouvindo "se perdesses uns quilinhos podias"... usar mini-saia... vestir bikini... arranjar namorado... (mas, obviamente casei por isso aqi enganaram-se)...

 

Um dia deixei de ouvir isso porque estava tão gorda que uns quilinhos se tinham transformado em 35 kg... deixei de ouvir isso porque todos achavam (e eu também) que nunca poderia perder peso.

 

E agora estou aqui... a pesar 62 kg... Ás vezes ainda me parece um sonho...

 

 

 

publicado por 80nuncamais às 00:12 | link do post | comentar | favorito
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